Vale de Pios
Depois de horas debruçados sobre cartas militares, cartas geológicas e muitos quilómetros de pó, encontrámos a quinta de Vale de Pios.
Um vale com mortórios e pés de vinha pré-filoxera em local inesperado. Estávamos no Douro Superior, perto de Barca d´Alva, no lugar de Olgas, em pleno Parque Natural do Douro Internacional, rodeados de oliveiras centenárias, do tempo em que os monges cistercienses por ali passaram.
A escolha das castas foi feita com base na experiência de trabalho no Douro e em mais alguns quilómetros de pó a catalogar vinhas velhas do Douro Superior, o que se revelou surpreendente. Algumas das castas hoje consideradas menos nobres eram em outros tempos fundamentais pelo que acrescentam em “sumo”.
Hoje trabalhamos pequenos talhões nos quais definimos a composição do lote.
Temos três vinhos tintos no mercado, um grande vinho com elevado potencial de envelhecimento, um reserva, mais elegante, claramente um vinho de terroir e um vinho sem estágio em madeira, mas que nos transmite a complexidade que só uvas produzidas em condições tão extremas desenvolvem.
